Retornando à Santo Antonio do Muqui.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Retornando à Santo Antonio do Muqui.

Nossa pequena família no Rio já estava se preparando para as Festas de Natal e Ano Novo, quando fui surpreendida pelo convite do meu primo Jorge, para passar os festejos em Santo Antonio. Expliquei que passávamos o Natal com Mamma Julieta e agora com sua idade já avançada, pretendíamos ficar juntos, não sabemos do dia de amanhã, até quando vai estar conosco, etc...etc... disse-me simplesmente, arrume a Tia, passo aí e pego as duas!!!! Como recusar um presente dos Deuses? Mamma com os probleminhas de memória (DA), só tendo como lembranças sua adolescência, seria maravilhoso...e fomos nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Assinar: Postar comentários (Atom)

A alegria e a incredulidade estampadas no rosto do meu primo Silas Girondi, mas não perdi a chance do abraço e dos beijos e demonstrei efusivamente minha alegria e satisfação em encontrá-lo. Fiquei
Tão contente que não consegui firmar a câmera , mas consegui captar sua incredulidade, rsrsrsrsr
Pouco antes, no restaurante do Albano, almoçamos um arroz com feijão, quiabo, carré dourado, salada de feijão preto com torresmo, tiras finíssimas de couve, farofa de cenoura, tudo com aquele gostinho do cozimento em fogão à lenha, manjar dos Deuses. Beatriz Raphael estava comigo e sucumbiu às delícias da roça.
No ônibus, não consegui ficar sentada e fui lá na frente conversando com meu primo, fotografando e olhando as paisagens, como sempre, imaginando-me no lombo de uma mula, cavalo , era como minha mamma viajava por essas picadas nas montanhas, imagino-a com o violão às costas, meu tio Davi tocando o animal e o violão também, ela a cantar, se preparando para próxima pousada, quem sabe na casa da cunhada Helena Sanches, Vivas, João Amado ou no Grupo Escolar. Vem tudo à mente, as lembranças das lembranças de minha mamma, em cavalgada seu irmão Nagib e seu inseparável cão Tupi.
Volto às imagens, sendo gravadas em minha retina e o Patrimônio de Santo Antonio do Muqui vem aos poucos no sacolejar do ônibus, aparecendo à minha frente, simples como toda roça, casinhas toscas e outras um pouco melhores e a chuvinha fina nos acompanha até aqui.
Descemos em frente ao armazém do primo Juscemberg ( Berg) e chama fulano, beltrano a turma foi ficando grande. Silas seguiu seu caminho para Conceição do Muqui , Juscemar a esposa Renata Cantilieri (negra e tímida) com a bambina Nadine Cantilieri Girondi, seu filho do 1° casamento, Tarcísio; Danyele do Berg, filha de Teresinha Aparecida da Silva depois em sua casa conhecemos Gabryel, lindo bambino, na casa do Juscemar, foto de seu pai José Girondi, veio tia Fermira ( filha da Deolinda, morena linda e muito falante) que se mudou à pouco para St.Antonio, deixou casa no Rio e foi se embrenhar na Paz e calma do interior.
Procuramos os mais velhos e fomos até a casa de Dona Helena Sabatini (oriundos de Viterbo) casa cheia, seu irmão que mora na Bahia tbm em visita, uma gracinha devia ter uns 1,50 de altura mas de simpatia e alegria um gigante, a turma foi toda pro café e altos papos de família.
Do meu Vô Camillo, mascate e da nonna Gelsomina, não se lembram, depois fui descobri que eles tinham propriedades mais acima, em Conceição do Muqui., e a chuva, que não permitia que mais nada trafegasse pela estrada, os que teimavam e passavam , vinham da cor do barro. Fomos visitar o Grupo Escolar antigo, a igreja, a casa do João Amado ( orquídeas na árvore em frente sua porta, aqui já tinham roubado tudo), como não haveria condução para voltar à Mimoso, o Berg se prontificou a nos levar e teríamos de aguardar o fechamento do armazém. Nesse ínterim, visitamos a casa de pilagem de arroz e café da família Amado, comi muiiiiito chouriço com aipim frito e café fresquinho na casa da Tia Fermira, fogão à lenha, carnes defumando acima do mesmo, banquinho com uma perna só, rsrsrsr, piso de tábua corrida com mais de 100 anos , A noite se aproxima e retornamos à Mimoso, deixando em Santo Antonio um pedaço de nosso coração e acredito que os trouxe comigo também. Meu primo Altivo, nos pegou em Mimoso, não havia mais condução para Muqui.
Na manhã seguinte, tomei o ônibus da 10 para Cachoeiro e de lá para o Rio ao meio dia.
“Vou voltar, sei que ainda vou voltar para o meu lugar, e lá que ainda está....” minhas Raízes.
Malu Bonavigo.
(Sabiá)

Resgate no Espírito Santo.

Queridos amigos,
Fui recebida com muito carinho pelos meus primos, não tenho palavras para descrever nossa surpresa e alegria. Meu primo Altivo Raphael e sua filhota Karina foram me esperar na rodo. e a maior, ninguém se conhecia, só pelo orkut e MSN. Mas a realidade é outra né rsrsrsrsrsr mas deu tudo certo, meu galho dos Girondi Raphael aqui em Cachoeiro é o maior barato!!!!
Em casa, Maria, Beatriz e Átila nos aguardam para, após o almoço rumarmos para Muqui, encontramos outro ramo dos Girondi e dos Espósito , este já é outra família. Lá encontrei meu tiozinho João Bighi de 92 anos, uma gracinha e me presenteou com a foto da Tia Amélia e uma garrafa de mel, ficou muito emocionado, o que causou uma certa apreensão, ficou com as mãos frias e não gosta de falar do grande amor de sua vida, minha tia Amélia, informou que ainda existe o Patrimônio ( vilarejo), onde minha nonna viveu com meu vô e amanhã cedinho rumo pra Santo Antonio das Garruchas ( tem tudo a ver comigo, rsrsrsrsrsr) {quase lembra Mirandiba, rsrsrsr} diz ele que naquela época existiam umas 20 casas e hj deve ter umas 40, rsrsrsr deve ser o máximo....
Hoje eu e minha priminha Karina, chegamos à Vargem Alta, uns 50" de Cachoeiro, só serra, muita neblina ( lembrou-me Petrópolis), chuvinha fina, frio e uma imensa alegria aquecendo meu coração. Fui sondando os mais velhos e nada, estavam todos bêbados,rsrsrs
Conheci uma moça extremamente simpática, Sabrina, que tem loja na pequena rodoviária, trocamos informações e seu noivo tem o site de Vargem Alta, aí falei que já havia me correspondido com ele, e me indicou vários lugares, sei que tive que me virar só, as fotos depois mando, e várias casas com mais de 100 anos, estação do trem (1913) e os trilhos da estação, visitei um senhor de 83 anos que só falava em seu café torrado e fomos ver sua casa de torrefação, comprei meio kilo e ele ficou feliz, deixou-me fotografar uma cena de casamento de sua tia, do início do século, muitas flores e no final da tarde, estava eu com Sabrina que chamou seu noivo, Arlindo Junior D. Bastianele. Uau !!!!! ele nem acreditou que era euzinha......MALUU!!!!!!
Nos abraçamos,beijamos ( come tutti italiani) , com as bençãos da noivinha rsrsrsrsr
formamos um trio de abraço, foi muito legal e senti que uma forte amizade nascia naquele momento.
No mesmo dia enviou-me fotos do livro onde consta somente, os nomes Bonavigo/Laguna.
Uma PHARMACIA em ruínas, mas deu para fotografar.
Visitei e fotografei uma casa com mais de 120 anos, da família de Levi Correa Machado, ganhei foto de um casamento realizado na casa, da “tia Rita”( com foto), contou-me, Israel Francisco da Silveira, esposo de Euzadávi Gomes Machado ( excelente bomboniére, onde provamos alguns bombons maravilhosos).
Logo depois conheci o Sérgio Falco, historiador, pesquisador, cientista, prof. de história&geografia, o maior visionário que já conheci. Nem na época da jovem guarda deparei com um ser igual, mas valeu, tem um arquivo de mais de mais 300 fotos da região que colocou à minha disposição.
Chuvinha fina, garôa e ventinho frio.
Voltamos à Cachoeiro, onde encontrei uma prima na rua ( já a conhecia ), visitei um outro primo, o Avides que não se encontrava (estava na fazenda), seu filho Leonardo nos recebeu e deixei minhas recomendações.
Cópias do nascimento e óbito de Gelcimina Girondi em meu poder, recebeu o nome em homenagem à minha nonna, sua tia.
Dia seguinte, as sete já estamos no ponto do ônibus para Mimoso do Sul, metade da estrada em asfalto e o restante em barro, chovendo muito e o ônibus patinava nas estrada. Fiz fotos da chegada em Mimoso, do Cristo Redentor, da Igreja, da Estação Ferroviária , e pesquisei com alguns moradores e comerciantes, com os quais troquei emails, para posterior troca de informações. Hora do almoço, no Albano, restaurante a beira-rio, saída para Santo Antonio, conheci o motorista e dono do ônibus que nos levaria à Santo Antonio do Muqui. ( do Muqui por causa do Rio Muqui que nasce nos arredores do Vilarejo), das Garruchas, porque seus homens não levam desaforo para casa, mas oficialmente é: Santo Antonio do Muqui. E, esse motorista, perguntei-lhe o sobrenome: Atadeu Silas Girondi......simplesmente bisneto da minha tiavó Giuseppina Bonavigo, ficou extremamente surpreso com minha abordagem, abraçou-me e deu-me as boas-vindas à Santo Antonio. Fiz um pequeno vídeo da entrada de Santo Antonio. Chovia muito, estrada barrenta, ônibus atolados e outros derrapando ( só dois, rsrsrsr), cont....